MORTOS: Queda de ponte no Amazonas pode ter ocorrido por protesto de caminhoneiros

Estrutura desaba no interior do Amazonas, numa região na qual o rio pode chegar a 20m de profundidade

MORTOS: Queda de ponte no Amazonas pode ter ocorrido por protesto de caminhoneiros

Foto: Divulgação

Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.​

 

Pelo menos três pessoas morreram e outras 14 ficaram feridas, ontem, no desabamento da Ponte Curuçá, que fica no km 25 da BR-319, no município de Careiro da Várzea, a 102km de Manaus. A estrutura cedeu por volta das 8h, no momento que os veículos faziam a travessia, e alguns deles caíram no rio que fica abaixo da estrutura. Segundo a Polícia Militar, há entre oito e 15 desaparecidos.

 

Por orientação do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), a ponte tinha sido parcialmente interditada na última segunda-feira por causa de más condições na estrutura. Desde então, somente veículos leves podiam circular, conforme explicaram agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF). No trecho onde aconteceu a tragédia, o rio tem cerca de 20m de profundidade.
 
 
Uma testemunha que presenciou o acidente afirmou que caminhões estavam parados na ponte, realizando um protesto, no momento do desabamento. "Estávamos aguardando a estrada ser liberada, pois tinha um grupo de caminhoneiros bloqueando. Saí do veículo e fui verificar se tinha espaço para a gente passar, e não tinha. E eles falaram que não iam deixar ninguém passar. Aí, quando vimos, a ponte foi se quebrando. Foi rápido", disse o motorista Ricardo Sobreiro.
 
 
José Cláudio Pereira Yuaka, presidente do Conselho Indígena Mura, confirmou a versão sobre a manifestação sobre a ponte. "Tinha um caminhão vindo daqui e outro de lá e eles falaram: 'agora a gente vai fazer protesto'. A gente saiu do carro para conversar com eles só para gente passar. Na hora que a gente ia voltando para dar ré na pista, a ponte começou a desabar e arriou", explicou.
 
 
Más condições
 
O prefeito de Careiro da Várzea, Nathan Macena, classificou de "tragédia anunciada" a queda da ponte — que tem 96m de extensão — sobre o Rio Curuçá. Em uma entrevista concedida dois dias antes do acidente, ele criticou a falta de manutenção da estrutura.
 
 
"A gente fica muito triste por essa tragédia anunciada. Há alguns dias, passamos pela cabeça da ponte e ela já vinha desabando. A ponte é antiga e, por falta de manutenção, aconteceu isso", disse Macena.
 
 
O governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), cancelou a agenda da campanha para, segundo ele, coordenar o apoio às vítimas. Ele anunciou que enviará balsas para fazer a travessia do trecho durante a reconstrução da ponte.
 
 
"Conversei com o Ministério da Infraestrutura e o Dnit. A nossa preocupação, agora, é resgatar as vítimas, dar amparo às famílias e tornar a BR trafegável. A gente está com aproximadamente 60 homens, incluindo polícia militar, polícia civil, bombeiros, assistência social, além do pessoal de infraestrutura. Nossas equipes vão continuar no local dando todo o apoio necessário", assegurou.
 
 
O ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, disse, também por meio das redes sociais, que determinou a mobilização do Dnit para socorro às vítimas, restabelecimento emergencial do tráfego por balsas e reconstrução da ponte em curto prazo.
 
 
Equipes do Corpo de bombeiros, da Defesa Civil e da Secretaria de Estado de Saúde (SES) foram deslocadas com mergulhadores profissionais e ambulâncias para o local do desabamento. Depois do acidente, a PRF interditou o local.
 
 
"Essa ocorrência vai durar muito tempo, não será resolvida hoje. Estamos com o trabalho de localização, remoção das vítimas para que, de fato, consigamos retirar todas as vítimas que as pessoas informaram que, supostamente, estão embaixo d'água", explicou o comandante Orleilso Muniz, do Corpo de Bombeiros do Amazonas.
Direito ao esquecimento

A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.

Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!

O TCE-RO rejeitou o novo contrato de limpeza urbana da capital; a Câmara aprovou mesmo assim. Qual sua opinião sobre isso?
Como você avalia a gestão de Eliana Pasini, titular da Semusa?

* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!

MAIS NOTÍCIAS

Raia Drogasil SA

Por Editoria

PRIMEIRA PÁGINA

CLASSIFICADOS veja mais

EMPREGOS

PUBLICAÇÕES LEGAIS

DESTAQUES EMPRESARIAIS

EVENTOS