Fiscalização acontece após mais uma denúncia ao TCE e foram encontrados muitos pacientes sendo atendidos nos corredores
Foto: Divulgação/TCE-RO
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Durante uma visita de inspeção ao Pronto-Socorro João Paulo II, em Porto Velho, no último fim de semana, auditores do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RO) detectaram sérios problemas no hospital, como a carência de profissionais para atendimento, deficiências na infraestrutura e uma extensa fila de espera.
A fiscalização aconteceu após uma denúncia ser encaminhada ao TCE. O órgão tem mantido uma vigilância constante nas instituições de saúde da capital e do interior para aprimorar o atendimento à comunidade.
Recentemente, o Rondoniaovivo divulgou a história de um idoso de 101 anos, que estava em uma maca de ambulância e sem atendimento nos corredores da unidade de saúde.
Idoso de 101 anos estava em maca de ambulância e sem atendimento - Foto: Reprodução de vídeo
Conforme relato do TCE, durante a visita de inspeção, foram encontrados pacientes aguardando por quase 24 horas para receber uma prescrição médica, sem nenhum suporte, explicação ou orientação.
Outro problema identificado foi a falta de clareza na escala de plantão. Os fiscais enfrentaram dificuldades para acessar a lista dos profissionais escalados. Adicionalmente, um profissional de saúde de sobreaviso não atendeu à convocação quando solicitado pela equipe hospitalar.
Segundo o TCE, as enfermarias estavam superlotadas e alguns pacientes estavam recebendo atendimento médico em áreas inadequadas, como os corredores da unidade.
Corredores do João Paulo II, mais uma vez, estão superlotados; muitas pessoas estavam sem atendimento há mais de 24 horas, segundo TCE-RO - Foto: Reprodução de vídeo
Situações como a sobrelotação de pacientes, as precárias condições de atendimento e as deficiências na infraestrutura já foram observadas em diversas ocasiões, inclusive em inspeções conduzidas em 2023 pelo Ministério Público de Contas (MPC-RO) e pelo próprio TCE-RO. E o problema segue há muitos anos e em 2024.
Caso os problemas no hospital persistam, o Tribunal de Contas poderá responsabilizar os gestores "omissos", incluindo a direção do hospital e o responsável pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), aplicando multas e outras medidas punitivas.
Até o momento, a Sesau não se manifestou sobre os problemas mais uma vez encontrados pelo TCE.
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