A frase dramática — “a Terra está se partindo ao meio no fundo do mar” — circula com frequência nas redes sociais, mas tem uma explicação científica sólida e bem distante de qualquer cenário apocalíptico. Ela se refere à dorsal mesoatlântica, uma imensa cadeia de montanhas submarinas que corta o Oceano Atlântico de norte a sul e marca a região onde as placas tectônicas estão se afastando lentamente.
O fenômeno é conhecido como divergência tectônica. Nessas áreas, o magma vindo do manto terrestre sobe, esfria e cria nova crosta oceânica, empurrando os continentes em direções opostas. É um processo contínuo, responsável por moldar o planeta ao longo de milhões de anos.
Embora a imagem seja impactante, especialistas ressaltam que não há risco de o planeta se “partir ao meio”. O afastamento das placas ocorre em ritmo extremamente lento — em média, alguns centímetros por ano — e faz parte da dinâmica natural da Terra, a mesma que forma montanhas, abre oceanos e provoca terremotos em outras regiões do mundo.
A dorsal mesoatlântica é, portanto, um lembrete da natureza viva e em constante transformação do nosso planeta. Longe de ser motivo de pânico, o fenômeno ajuda a compreender processos fundamentais que sustentam a geologia e a evolução da superfície terrestre.