COLÔMBIA: Lideranças parabenizam Petro por vitória e Bolsonaro não se manifesta

Boric, Fernández e Lula estiveram entre os primeiros a cumprimentar primeiro presidente colombiano de esquerda

COLÔMBIA: Lideranças parabenizam Petro por vitória e Bolsonaro não se manifesta

Foto: Divulgação

Lideranças mundiais parabenizaram neste domingo o ex-guerrilheiro Gustavo Petro por sua eleição para a Presidência da Colômbia. Os presidentes do Chile, Gabriel Boric, da Argentina, Alberto Fernández, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram rápidos em seus cumprimentos ao primeiro político esquerdista a chegar ao Palácio de Nariño. O presidente Jair Bolsonaro, no entanto, não se pronunciou até o momento.

 

O governo dos Estados Unidos, com que o atual presidente, Iván Duque, tem uma boa relação, emitiu uma nota parabenizando os colombianos por uma eleição "livre e justa" por meio do seu secretário de Estado, Antony Blinken. Segundo o responsável pela diplomacia americana, Washington espera trabalhar em conjunto com Petro para "aprofundar a relação entre os EUA e a Colômbia e levar nossos países a um futuro melhor".
 
 
"Cumprimento Gustavo Petro por sua eleição como o próximo Presidente da Colombia", disse o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell. "A Colômbia é uma parceira fundamental para a União Europeia. Conte com a UE para seguir fortalecendo nossas relações."
 
 
Boric, o jovem presidente de esquerda chileno, foi um dos primeiros a tuitar uma mensagem para Petro e sua vice, Francia Marquez, a primeira mulher negra a chegar à Vice-Presidência do país. Ele disse ter "acabado de falar" com o novo líder colombiano para "felicitá-lo por seu triunfo na Presidência da Colômbia":
 
 
"Alegria para a América Latina! Trabalharemos juntos pela unidade de nosso continente nos desafios de um mundo que muda velozmente. Seguimos!", disse Boric, que tomou posse em março.
 
 
Menos de dez minutos depois, foi a vez de Fernández afirmar que a vitória de Petro e Marquéz "o enche de alegria". O peronista disse ter "transmitido ao presidente eleito suas felicitações pela confiança que o povo colombiano depositado nele:
 
 
"Sua vitória reafirma a democracia e garante o caminho para uma América Latina integrada em um tempo que exige a máxima solidariedade entre povos irmãos", afirmou o ocupante da Casa Rosada.
 
 
O ex-presidente Lula, a quem Petro apoia explicitamente nas eleições brasileiras de outubro, "felicitou calorosamente os companheiros" colombianos por sua "importante vitória" e desejou sucesso à dupla. De acordo com Lula, a vitória de Petro e Marquéz "fortalece a democracia e as forças progressistas na América Latina".
 
 
Tom similar foi adotado pela ex-presidente Dilma Rousseff, que classificou o "triunfo histórico" como uma "grande vitória do bravo povo colombiano". O resultado, segundo a primeira e única mulher a chegar ao Palácio do Planalto, é "um alento e uma renovada esperança para todas as nações da América Latina que lutam por democracia e contra o neoliberalismo".
 
 
O peruano Pedro Castillo afirmou ter ligado para Petro para parabenizá-lo por seu "histórico triunfo democrático". Ele afirmou que ambos são unidos "por um sentimento comum que busca melhoras coletivas, sociais e de integração regional para nossos povos. Irmão Gustavo, conte sempre com o apoio do Peru".
 
 
"Parabéns ao povo colombiano! Nossos parabéns ao irmão Gustavo Petro e à irmã Francia Marquez", disse o boliviano Luis Arce. "A integração latino-americana se fortaleceu."
 
 
Já Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, parabenizou Petro e Francia por sua "vitória histórica", afirmando que "foi ouvida a vontade do povo colombiano" ,que defendeu "o caminho da democracia e da paz". Segundo o líder chavista, "há novos tempos a vista para o país irmão".
 
 
Para chegar à Presidência da Colômbia e vencer a resistência histórica do país à esquerda, Petro se afastou da simpatia por Cuba e Venezuela e mudou seu guarda-roupa, adotando trajes mais comumente associados a um estadista. É mais um líder de esquerda eleito na América Latina, e fala em criar um eixo progressista regional junto de Boric e Lula.
 
 
A cortesia dos latino-americanos não se limitou à esquerda, no entanto. O presidente conservador do Equador, Guillermo Lasso, disse ter conversado com Petro para cumprimentá-lo, reiterando a disposição de Quito para " fortalecer a amizade e a cooperação, priorizando o desenvolvimento e a integração dos nossos povos".
 
 
O líder opositor venezuelano, Henrique Capriles, tuitou afirmando que "os colombianos votaram em paz e reafirmaram sua democracia" e afirmando esperar que "o novo presidente governe com respeito e sem excluir" os 2 milhões de venezuelanos que vivem no país — número que faz o país ser o segundo do planeta com o maior número de refugiados e deslocados internos.
 
 
"A Colômbia é hoje o lar de 2 milhões de venezuelanos que fugiram em busca de futuro. Defendemos que a gestão do novo presidente mantenha a proteção aos venezuelanos vulneráveis em seu país e acompanhe a luta da Venezuela para recuperar sua democracia", afirmou o também opositor venezuelano Juan Guaidó.
 
 
O presidente colombiano Iván Duque, direitista, afirmou em seu Twitter ter ligado para Petro e o convidado para uma reunião nos próximos dias. O encontro, disse ele, dará início a uma transição "harmônica, institucional e transparente".
 
 
"Para defender a democracia, é preciso respeitá-la. Gustavo Petro é presidente. Que um sentimento nos guie: Colômbia primeiro", tuitou o ex-presidente Álvaro Uribe.
 
 
O oponente de Petro, o populista antissistema Rodolfo Hernández, admitiu sua derrota em um curto vídeo transmitido ao vivo em suas redes sociais. O engenheiro, que teve mais de 10 milhões de votos neste domingo, disse que "aceita o resultado, como deve ser se desejamos que nossas instituições sejam firmes".
 
 
— Desejo a Gustavo Petro que saiba conduzir o país, que seja fiel ao seu discurso contra a corrupção e que não decepcione aqueles que confiaram nele — disse Hernández.
 
 
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