*O diretor da ULBRA/Porto Velho, professor Pedro Rates (
foto), em entrevista ao
Rondoniaovivo.com, disse que estará recebendo uma comissão de alunos da faculdade que estão à frente da organização do ato público que reúne estudantes da instituição em protesto a falta de segurança no estacionamento externo.
*O protesto deriva de uma série de delitos que são cometidos em alguns veículos de acadêmicos no estacionamento, como furtos e roubos, além de vidros danificados, incluindo até um seqüestro de uma acadêmica, que teve um revólver encostado na cabeça e foi levada e abandonada na Estrada dos Japoneses.
*A alegação do grupo de estudantes que está levando a comunidade acadêmica à se unir para protestar vem de uma reunião que deveria ter ocorrido na terça-feira (02) para discutir reivindicações relevantes sobre o assunto, mas não houve. De acordo com um dos acadêmicos ouvido pelo site o diretor Pedro Rates se recusou a recebê-los alegando outro compromisso.
*O professor Pedro argumentou que todas as reuniões ocorridas com a direção são agendadas, para não haver conflito, e não havia nada programado a respeito sobre a reunião com esse grupo de acadêmicos. De acordo com Pedro Rates, na ocasião ele estava reunido com coordenadores da instituição para o planejamento estratégico de 2006.1, não havia como adiar uma reunião que já estava em andamento e havia sido programada antecipadamente. Segundo ele os estudantes não compreenderam isso.
*“Não tinha como eu interromper uma reunião que já estava agendada e ocorria naquele exato momento para atender esse grupo de estudantes, mesmo porque não havia nada programado, mas eu mandei avisar que se eles quisessem esperar o fim da reunião para podermos conversar, tudo bem, ou mesmo que agendasse essa reunião com a direção que eu os receberia sem qualquer problema.”, argumentou o professor.
*Pedro Rates disse ainda que todas as providências foram solicitadas para melhorar a segurança na região da faculdade, e mesmo em relação ao estacionamento, os delitos ali cometidos, foram registrados no 3º DP. "As providências cabíveis por parte da faculdade foram executadas", lembrou o diretor.
*Ele comentou que um roubo e um furto com veículos ocorreram fora do estacionamento, sendo o mais grave deles, um seqüestro de uma estudante. “Andaram dizendo que ela foi estuprada e isso não ocorreu, pela amor de Deus. É uma senhora casada e o que ocorreu foi um furto”, disse.
*O diretor falou que já havia solicitado, através de ofício encaminhado à Secretaria de Segurança Pública e Comando Geral da Polícia Militar, uma viatura para que realizasse ronda em frente a faculdade para que houvesse maior segurança aos arredores.
*Ele lembrou ainda que foi realizado um plebiscito dentro da instituição para saber se os acadêmicos queriam que o estacionamento externo fosse público ou privatizado, com a manutenção e segurança realizadas através de um serviço terceirizado – o que, claro, envolveria a inclusão de uma taxa de manutenção de inteira responsabilidade da empresa que ficasse responsável -, no que a maioria, de um universo de 1.200 estudantes, optasse pelo estacionamento público.
*A direção ainda ofereceu uma terceira alternativa para solucionar o problema em relação a manutenção da segurança no estacionamento, que o Diretório Acadêmico, bancasse a contratação de dois seguranças para cuidar do local, cobrando uma taxa de valor mínimo entre os acadêmicos, o suficiente para cobrir as despesas salariais dos mesmos, o que seria feito em comum acordo entre o DA e a classe estudantil.
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MENORES E POLÍCIA
*Pedro Rates disse que houve um tempo em que menores se ofereciam para cuidar dos veículos e quando não recebiam dinheiro ou eram recusados de vigiar quebravam e depredavam alguns carros, e que isso foi motivo de reclamações. A faculdade então entrou com um pedido no Juizado da Infância e da Juventude para que tomasse providências, o que acarretou a prisão de três menores, mas que a atitude da prisão dos garotos acabou causando uma onda de protestos por parte dos estudantes que não concordaram com a atitude de prender os menores, alegando truculência.
*Segundo o diretor não é possível agradar à todos, mas que a Ulbra está ciente dos fatos e tomou as providências possíveis e necessárias para amenizar a situação de segurança. Ainda sobre o pedido de uma ronda da Polícia Militar no local, ele disse que o Comando Geral da PM não tem como providenciar uma ronda exclusiva para a região, pois as viaturas dependem de atender chamados que cubram toda a cidade, são ocorrências e rondas em outros pontos da cidade.
*A crescente onda de violência que acarreta na cidade tem exigido maior esforço da Polícia, por isso mesmo a dificuldade de se conseguir uma atenção exclusiva para determinada região ou bairro, lembrou Pedro Rates, que é também Delegado Civil.
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Confira vídeo com o diretor da ULBRA de Porto Velho Pedro Rates:
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