A volta das catracas no sistema de transporte coletivo de Porto Velho para a parte traseira dos ônibus seria um grande retrocesso, a perda de um investimento de mais de R$ 2 milhões e, principalmente, o fim do sistema de cartão “Leva Eu”, que beneficiou só nos primeiros dez meses deste ano mais de 1,3 milhão de passageiros. A afirmação foi feita por dirigentes do Sindicato das Empresas de Transporte (SET), de Porto Velho, ao comentarem proposta aprovada na Câmara de Vereadores da Capital para a volta da catraca ao sistema antigo. Inviável tecnicamente, porque a catraca tem que ficar próxima à base de dados, que se instala próximo ao motorista, à volta para a parte de trás faria com que todo o investimento feito na modernização do sistema fosse perdido.
Ronaldo Marciano, porta-voz do SET, diz ainda que a entrada de passageiros pela porta da frente e saída por trás é um sistema utilizado em várias capitais do país, em função da catraca eletrônica. Sem qualquer prejuízo aos passageiros.
Há 17 anos trabalhando como motorista na empresa Rio Madeira, José Jorge Zunita concorda. Para ele, a entrada e concentração de passageiros na parte dianteira do coletivo dão mais segurança. “É melhor, mais seguro e mais confortável para o passageiro”, sentencia do alto da sua grande experiência como profissional do transporte coletivo da Capital.
Os empresários acham que a questão tem que ser discutida com maior profundidade. Acreditam que, ao terem maiores informações sobre as vantagens do sistema adotado em Porto Velho, com a catraca na parte dianteira dos coletivos, os vereadores terão condições de analisar que o que está em vigor é melhor, sob todos os aspectos. Até para que não seja extinto, por falta de condições técnicas, o sistema de cartão “Leva Eu”, que tem possibilidade o uso de dois ônibus com um cartão só a milhares de porto-velhenses que utilizam o sistema.