Cheia do rio Machado deixa várias fazendas alagadas no centro do Estado

Da Redação

08 de Fevereiro de 2008 às 07:13

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Cheia do rio Machado deixa várias fazendas alagadas no centro do Estado

Foto: Divulgação

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*Os animais e agora, a população da zona rural sofre com a cheia do rio Machado que vai subir mais no final de semana. *O rio Machado vem subindo a cada dia. São em média 10 cm por dia e que já fazem diferença leito afora. *Nas regiões de Presidente Médici e Cacoal, por exemplo, o nível dos rios já afeta várias propriedades rurais, algumas das quais já nem é mais possível realizar o escoamento da produção de leite para os laticínios. *O rio Rolim de Moura, que faz divisa com os municípios de Cacoal, Rolim de Moura e Pimenta Bueno transbordou na última terça-feira em virtude das fortes chuvas que caíram na região. A enxurrada já está refletindo na zona urbana de Ji-Paraná onde o nível do Machado marcou 10,60 metros no inicio da noite dessa quarta-feira. *Outra preocupação dos moradores que agora estão vendo mesmo que a enchente é pra valer e não vai durar apenas alguns dias, é com relação ao nível do rio Urupá. Outras fazendas ao sul do município de Ji-Paraná, próximo ao distrito de Nova Londrina também estão com pastos e culturas já completamente alagados pelas águas dos rios, córregos e igarapés. *Segundo o Corpo de Bombeiros de Ji-Paraná, toda a corporação já está preparada para a súbita espontânea do Machado neste final de semana. O presidente da Comissão Municipal de Defesa Civil da cidade, Edson Fidelis, se prontificou a colocar homens da Secretaria de Obras a pernoitar nas margens do Machado já a partir dessa quarta-feira, onde até então, diversas famílias não resistiram e tiveram que deixar suas casas. *Para quem passa em Ji-Paraná logo percebe ao ver pela ponte com vão de 260 metros como está a situação do Machado. A água está com uma correnteza muito forte, em torno de 21 km/h e as residências que ficam mais próximas da BR-364 já foram tomadas pela água. *Nos bairros Duque de Caxias e Urupá, o nível da água nos pontos onde o declive é maior, já passa de 50 cm. A situação é muito preocupante para os moradores do setor agrícola da cidade. A água já engoliu parte da estrada, pontes e bueiros, estando agora nos pontos mais elevados, com 1,20 metros, o que atrapalha até o deslocamento de estudantes, uma vez que nessa quarta-feira teve reinicio das aulas na rede estadual de ensino. *Os estudantes da região do Anel Viário, próximo ao bairro Novo Ji-Paraná são os mais prejudicados pela cheia. Passar pela estrada agora, só de barco. A água tomou conta de quase 300 metros da estrada que dá acesso ao setor de chácaras. *A situação é muito critica em Ji-Paraná, mas todos já estão de prontidão para a enchente total da parte ribeirinha da cidade no final de semana. Por enquanto, cerca de 30% das famílias que residem ás margens do Machado estão sofrendo com os alagamentos, mais no final de semana prevê-se que o nível do rio ultrapasse os 11 metros. *O maior nível do rio Machado registrado em 2006 foi no dia 03 de abril, quando não se esperava mais uma enchente na cidade. Até abril, o Machado vai continuar com o seu “efeito sanfona” subindo e descendo toda semana e trazendo riscos à população, isto é, se as chuvas não cessarem nas cabeceiras, caso contrário, a enchente poderá durar dias seguidos. *Os modelos de previsão numérica ainda enfocam muita chuva no centro-sul do Estado e, na próxima semana a situação não é nada animadora, a chuva vai aumentar também no centro do Estado, principalmente nas imediações dos rios Mucui em Alvorada d’ Oeste e Urupá entre as duas cidades, o que agrava ainda mais a enchente em Ji-Paraná.

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