O consumidor portovelhense, de modo geral, precisa parar para repensar o seu comportamento diante do descaso de certos comerciantes.
Quando se fala em consumidor, a projeção é para um número considerável de pessoas que, apesar de classe média, e até mesmo mais pobres, com ganhos modestos e sacrificados, quando entram num supermercado, acabam comprando gato por lebre.
Enquanto noutras cidades brasileiras a população grita, xinga e reclama pelos seus direitos, na capital, muitas pessoas parecem que vivem no mundo da lua, pagando preços abusivos que lhes são apresentados e, o que é pior, aceitando produtos adulterados ou estragados, sem pestanejar.
Enquanto isso, canalhices e mais canalhices são perpetradas contra o consumidor portovelhense. Ainda agora, chega-nos a notícia de que um conhecido supermercado da capital foi condenado por vender uma caixa de chocolate pobre a uma consumidora, em maio de 2005, conforme informou o jornal TUDO RONDONIA.
O Departamento de Vigilância Sanitária (estadual e municipal), o PROCON e as entidades de defesa do consumidor, precisam agir com mais rigor, no sentido de coibir essas e outras bandalheiras que vêm sendo cometidas contra a sociedade.
A era da impunidade acabou, com a chegada do Código de Defesa do Consumidor. Controle de qualidade rígido precisa ser a tônica entre o comércio e a indústria, entre o comércio e os fornecedores.
Isso porque, são os comerciantes que repassam os produtos para o consumo da população e, portanto, são eles que recebem toda a carga de reclamações, de protestos, de clamores quando um produto está deteriorado, ou uma mercadoria está com defeito, estragada, ou apresenta qualquer deformação, sempre no seu aspecto de qualidade.
O comerciante, por sua vez, precisa pressionar o fabricante, o fornecedor, para evitar que o primeiro vire pára-choque de todas as reclamações.
Se, de um lado, o Código de Defesa do Consumidor protege os interesses de quem compra; por outro lado, quem vende precisa exigir controle de qualidade das mercadorias. Assim, todos sairão ganhando.
Agora, o que se não pode aceitar, admitir, é que haja uma desconsideração, um desmazelo, uma tremenda falta de respeito para com o consumidor, oferecendo-lhe produtos de péssima qualidade, mercadorias pobres, impróprias para o consumo humano.