Waldomiro Diniz, então chefe de gabinete do ex-ministro da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu, caiu em desgraça depois que foi flagrado cobrando propina do bicheiro Carlos Cachoeira.
Maurício Marinho, o funcionário dos Correios, também não resistiu à tentação do vil e deixou-se filmar recendo um suborno de três mil reais. Foi o fim de sua carreira profissional, que culminou com a abertura da CPMI dos Correios. O episódio ficou conhecido como “o escândalo do mensalão”.
Em maio de 2005, o então governador e, hoje, senador Ivo Cassol, armou uma arapuca eletrônica em sua casa para apanhar deputados estaduais que, segundo ele, queriam achacá-lo, em troca de apoio político. Faltou espaço para acomodar tanta gente.
Outra fita de vídeo, porém, essa gravada em 2005, pelo então diretor financeiro da Câmara Municipal de Porto Velho, ainda hoje causa calafrios em algumas pessoas. Nela, vereadores aparecem recebendo das mãos do diretor o que seriam maços de dinheiro e colocando-os em várias partes do corpo, como possível pagamento pela aprovação de matérias de interesse do Poder Executivo. Um deles, aliás, aparece colocando a bufunfa dentro da cueca e dando uma requedradinha para certificar-se de que a grana não cairia facilmente. O material foi destaque em sites de notícias da capital.
Para manter-se no cargo, durante tanto tempo, dizia-se que o diretor usava a tal fita como instrumento de barganha para pressionar os envolvidos. Por isso, dizer-se, hoje, que não há provas, é conversa afiada para boi dormir.
A menos de um ano da eleição para a prefeitura de Porto Velho, o assunto da fita volta à ordem do dia das conversas de bastidores e chega, novamente, ao noticiário. Quem a assistiu, garante tratar-se de nitroglicerina pura, capaz de sepultar qualquer candidatura a prefeito.