CARTA ABERTA: Maçonaria quer mudanças no combate ao garimpo no Madeira

GOB-RO publicará Carta Aberta durante congresso em Ouro Preto demonstrando preocupação com os impactos

CARTA ABERTA: Maçonaria quer mudanças no combate ao garimpo no Madeira

Foto: Divulgação

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O Grande Oriente do Brasil  Rondônia (GOB-RO) vai antecipar um dos temas mais polêmicos e urgentes da região amazônica: a atuação das forças de segurança no combate ao garimpo ilegal no Rio Madeira. O assunto será debatido e transformado em Carta Aberta durante a Suprema Congregação Maçônica Estadual, que acontece nos dias 3 e 4 de outubro, em Ouro Preto do Oeste.
 
A manifestação será liderada pelo Grão-Mestre Claudenilson Alves (foto), maior autoridade maçônica do GOB em Rondônia, e terá a assinatura das 44 lojas jurisdicionadas ao GOB-RO. O documento, chamado 'Carta de Rondônia', deve reunir propostas que conciliem o enfrentamento ao crime ambiental com alternativas sociais e econômicas para as comunidades ribeirinhas.
 
Críticas à destruição de dragas e balsas
 
Claudenilson Alves questiona a estratégia utilizada nos últimos anos pelas forças de segurança: a explosão e queima de dragas e balsas utilizadas no garimpo. Para ele, a prática é 'irracional' e converte a repressão em nova forma de agressão ambiental, já que libera óleo, metais e resíduos tóxicos diretamente no rio.
 
Além do impacto à biodiversidade, o Grão-Mestre argumenta que a medida prejudica a navegação e ameaça o sustento de centenas de famílias ribeirinhas.
 
Propostas da Maçonaria
 
A carta da maçonaria rondoniense vai cobrar:
 
  • Regulamentação do garimpo artesanal de baixo impacto;
  • Aproveitamento social dos bens apreendidos, como tratores e embarcações, para projetos de agricultura familiar e piscicultura;
  • Políticas públicas inteligentes, que conciliem combate ao crime e proteção da população local.
 
Convergência com Congresso Nacional
 
O tema já repercute em Brasília. A Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado realizou diligência em Humaitá e Manicoré (AM) após denúncias de abusos durante a Operação Boiúna, que em setembro destruiu 277 dragas no Rio Madeira.
 
A presidente da Comissão, senadora Damares Alves, e demais parlamentares ouviram prefeitos, conselhos tutelares e moradores. O relatório preliminar apontou supostas violações de direitos humanos contra ribeirinhos, incluindo idosos e crianças, além de poluição atmosférica e derramamento de combustíveis causados pela queima das embarcações.
 
Os senadores anunciaram que vão apresentar um projeto de lei para regulamentar o extrativismo mineral familiar e enviar relatório a órgãos federais e internacionais.
 
A congregação em Ouro Preto
 
O evento, sediado pela Loja Acácia de Ouro Preto, reunirá veneráveis mestres, secretários, tesoureiros e oradores das lojas de todo o estado. Também participarão o Grão-Mestre Adjunto, Celson Cabral, e o venerável mestre anfitrião, Shigueyuki Nagatomo.
 
A abertura, no dia 3 de outubro, será pública, com a presença de autoridades estaduais, municipais e parlamentares federais. Haverá ainda cinco grupos de trabalho temáticos, discutindo desde ritualística até gestão administrativa, projetos sociais e planejamento estratégico.
 
Segunda pauta: apoio às casas de câncer
 
Além do debate sobre o garimpo, a Carta de Rondônia também trará como prioridade a necessidade de ampliar assistência às casas de apoio que atendem pacientes com câncer e seus familiares. A proposta busca reforçar o papel social da maçonaria na saúde pública.
 
Encerramento e integração
 
A congregação será encerrada com um baile de confraternização, aberto à comunidade maçônica e convidados, reforçando a integração social. Para Claudenilson Alves, o encontro reafirma o papel do GOB-RO como referência em liderança fraternal, responsabilidade social e defesa da Amazônia.
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