A Polícia Federal no Acre deverá instaurar nos próximos dias inquérito para investigar um plano arquitetado pelo traficante Gilcelino da Silva Moisés, o Celino, para matar o policial rodoviário federal Getúlio Azevedo e dois agentes da Polícia Federal no Estado.
Tratada em sigilo pela PF, a informação foi confirmada por uma fonte da TRIBUNA, que garantiu haver inclusive uma fita de vídeo onde o traficante admite que estaria disposto a pagar pela execução dos agentes federais.
Celino está preso no complexo penitenciário Francisco de Oliveira Conde desde 7 de janeiro e responde pelos crimes de tráfico internacional de drogas e de latrocínio.
Segundo a polícia, foi Celino o mentor intelectual do caso conhecido como a “chacina de Plácido de Castro”, registrada em 7 de novembro do ano passado, quando três pessoas foram executadas.
Celino contratou o próprio irmão, Gessy da Silva, e outros dois comparsas para executar o trio e se apossar de 130 kg de cocaína.
Quando os corpos foram descobertos, o PRF Getúlio, auxiliado por dois agentes da PF, iniciaram as investigações e logo descobriram o plano.
Cheio de contradições, o depoimento de Gessy, caseiro da chácara onde os corpos foram encontrados, levaram a polícia ao autor do plano.
Na chácara, a policial prendeu Gessy e apreendeu o carregamento de droga que Celino enviaria para três Estados brasileiros. Ao saber da captura do irmão, ele fugiu.
A polícia então empreendeu uma verdadeira caçada ao acusado. O PRF Getúlio comandou pessoalmente variais diligência para prender o traficante. Dois meses depois da chacina, Celino foi preso pela Polícia Civil em um bairro periférico da capital.
Autuado por tráfico internacional de drogas, ele passou a responder o processo na Justiça Federal. E foi exatamente durante uma audiência que ele teria revelado o desejo de acabar com o PRF Getúlio Azevedo e com os dois policiais federais.